Quem nunca teve que lidar com textos cheios de chavões que poderiam ser resumidos em poucas palavras?
Cada cliente adota um estilo de escrita. Uma parte deve-se ao autor, mas a outra está diretamente relacionada ao meio em que o texto é redigido. O meio jurídico, com seu "juridiquês", as empresas, com os jargões corporativos, e a publicações acadêmicas, que adotam um português muito rebuscado.
Não há dúvidas de que o uso excessivo desses chavões dificultam a leitura e a compreensão em muitos momentos. Como tradutores, podemos ter dificuldade em entender e reproduzir o que o autor escreveu, tamanha a complexidade das construções do texto. Da mesma forma, o leitor final, se não acostumado com esses estilos, também poderá ter problemas.
Em se tratando do nosso próprio texto, o ideal é resumir em poucas e claras palavras as construções longas e não tentar parecer culto com o uso de expressões difíceis (item #2 do texto Dicas para se escrever bem). Porém, como tradutores e revisores, há uma linha tênue entre respeitar o estilo do autor e querer melhorar o texto tornando-o mais claro. Nossa obrigação é manter o mesmo estilo, o que nos força, muitas vezes, a adotar o mesmo padrão prolixo. Mas é possível, sim, tornar as coisas mais objetivas durante a tradução, desde que consideremos sempre a comunidade que irá receber esse texto.
O quadro abaixo traz os chavões que sempre vemos em e-mails e documentos de clientes corporativos, e mostra que é possível adotar uma postura profissional e inteligente sem apelarmos para as expressões rebuscadas:
Agosto/2013